"Há ameaça clara às mulheres nos contextos de trabalho"

Joaquim Azevedo, escolhido por Passos Coelho para chefiar a comissão que irá delinear nos próximos meses um plano de ação para inverter a quebra da natalidade, afirma que as "questões do emprego" e da "persistência da relação contratual" são a principal razão para que as portuguesas não tenham filhos, falando mesmo numa ameaça às mulheres em contexto laboral.
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O professor universitário é o convidado desta semana d' O Estado da Nação, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF. Sobre a quebra da natalidade, acrescenta ainda que esta não pode ser olhada como problema parcelar, com o foco apenas na fiscalidade ou na questão laboral. Sublinha que é necessário abordá-la como um todo e colocá-la na agenda de todos os portugueses, que ainda não perceberam que "está em causa a própria sobrevivência deste projeto cultural que se chama Portugal".

Afirma que o primeiro objetivo deveria ser "estancar a descida" da natalidade, mas adverte que qualquer Governo tem "limitações muito grandes" numa intervenção neste campo, visto poder atuar apenas sobre "variáveis exógenas à decisão de cada casal".

Num comentário à atualidade e ao fim do resgate que se aproxima, questionado se a saída limpa seria melhor do que um programa cautelar, Joaquim Azevedo aponta que "se houvesse possibilidade de chegarmos a um entendimento entre os principais partidos, o resto seria acessório".

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